A PETA, People for Ethical Treatment of Animals, parece ter adotado o modos operandi de todas as outras entidades que se intitulam “protetoras-de-alguma coisa” e apoiou o protesto dos estudantes da Academy of Notre Dame contra Call of Duty: World at War, último game da Activision a ser lançado.
O que gerou o protesto foi uma cena durante o jogo em que você é atacado por cães de guarda do exército nazista e, para se defender, tem de abate-los. Segundo a ONG, uma amostra bárbara sobre violência contra animais em um videogame.
Para dar mais ênfase em sua opinião, eles enviaram um pacote para a Activision Blizzard com um passe livre para os seminários fornecidos pela PETA sobre Desenvolvendo Empatia para com os Animais, e um cartucho de Nintendogs – um exemplo sobre como tratar animais em videogames, de acordo com a ONG.
Sem querer discutir a validade do argumento da PETA, mas temos que encarar o quanto isso foi ridículo. A impressão que tenho é que as sociedades “protetoras-de-alguma-coisa” deveriam estar protegendo o que quer que seja que elas apóiem – sabe, entrar no campo de batalha, unhas e dentes - ao invés de simplesmente sentarem em seus escritórios e pensarem aonde podem achar uma “ofensa”.
Os animais são usados por exércitos desde a Antiguidade, isso sim é uma lástima. O exército Soviético, por exemplo, prendia explosivos a cães e os usava para destruir tanques alemães. Retratar esta cena em um game é apenas uma amostra, uma encenação do que acontecia. Como Mike Fahey, do Kotaku disse, é como se eles estivessem sugerindo, mesmo que sem querer, apagar a história. A PETA é sempre objeto de discórdia, mesmo entre os ativistas, por sua abordágem extrema da vida. Não digo que é o certo, mas o que deveria incomodar é que milhões de pessoas morreram em quatro anos enquanto que o que? Uns 25 cachorros tiveram tratamento melhor e o mesmo destino.
É a vida... O mundo todo está politicamente correto por demais hoje em dia, aparentemente isso tirou o objetivo dessas ONGs, e aí, o que sobra para elas é ficar correndo atrás de sarna para se coçar.
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